Sunday, February 20, 2005
Formação? Sim! ... Mas não para todos.
Atentemos este pequeno exemplo de como as coisas por vezes funcionam por cá:
Um determinado mestrado na Espanha fica, em termos de custos totais, em pouco mais de 700 euros.
Os professores espanhóis encarregues da parte curricular deste mesmo mestrado decidiram propor uma pareceria com uma universidade portuguesa para que importássemos o mesmo mestrado, sendo que os professores espanhóis se deslocariam a Portugal para leccionar a parte curricular.
A universidade portuguesa aceitou, o mestrado foi então aqui implementado.
Até aqui, tudo bem, agora note-se que o português que se inscreva neste determinado mestrado em Portugal (e não em Espanha) paga apenas de entrada (propinas iniciais) cerca de 6000 euros.
O mestrado, bem como as universidades aqui mencionadas não são reveladas por questões éticas.
Agora é altura de uma pequena proposta de reflexão por parte do feedback:
o porquê do preço se tornar subitamente tão caro no caso português?
o porquê do sector da educação ser um dos que anualmente se gasta mais dinheiro, em termos governativos, e o que parece obter piores resultados?
numa época de forte concorrência de mercado de trabalho, de concorrência asiática de baixo valor comparativamente com o da mão de obra portuguesa, com a deslocalizaçã de fábricas, com a deslocalização de alunos que obtêm a sua formação no estrangeiro ...
não seria de esperar das responsabilidades políticas e governamentais, não uma aposta na qualidade e capacidades portuguesas (por que essas estou certa de que as temos), mas antes num aumento da força produtiva portuguesa, e na formação contínua e, claro está, num ensino menos elitista e mais alargado verdadeiramente a todos!
A nossa camada de força produtiva está cada vez menor, já que somos cada vez mais desempregados e cada vez mais idosos, e por outro lado, os jovens (com razão) parecem desinteressar-se do ensino, e os que sobrevivem e dão provas de brilhantismo escolhem o nosso país unicamente como destino de férias.
Está na hora de escolher bem quem quer que governe o nosso país, que o saiba gerir bem!
Constantamos que reside tudo numa questão de gestão, sendo que já vimos e demos provas de ser bons, de sermos muitos, então porque não evoluimos no sentido do progresso?
Mª Inês
Um determinado mestrado na Espanha fica, em termos de custos totais, em pouco mais de 700 euros.
Os professores espanhóis encarregues da parte curricular deste mesmo mestrado decidiram propor uma pareceria com uma universidade portuguesa para que importássemos o mesmo mestrado, sendo que os professores espanhóis se deslocariam a Portugal para leccionar a parte curricular.
A universidade portuguesa aceitou, o mestrado foi então aqui implementado.
Até aqui, tudo bem, agora note-se que o português que se inscreva neste determinado mestrado em Portugal (e não em Espanha) paga apenas de entrada (propinas iniciais) cerca de 6000 euros.
O mestrado, bem como as universidades aqui mencionadas não são reveladas por questões éticas.
Agora é altura de uma pequena proposta de reflexão por parte do feedback:
o porquê do preço se tornar subitamente tão caro no caso português?
o porquê do sector da educação ser um dos que anualmente se gasta mais dinheiro, em termos governativos, e o que parece obter piores resultados?
numa época de forte concorrência de mercado de trabalho, de concorrência asiática de baixo valor comparativamente com o da mão de obra portuguesa, com a deslocalizaçã de fábricas, com a deslocalização de alunos que obtêm a sua formação no estrangeiro ...
não seria de esperar das responsabilidades políticas e governamentais, não uma aposta na qualidade e capacidades portuguesas (por que essas estou certa de que as temos), mas antes num aumento da força produtiva portuguesa, e na formação contínua e, claro está, num ensino menos elitista e mais alargado verdadeiramente a todos!
A nossa camada de força produtiva está cada vez menor, já que somos cada vez mais desempregados e cada vez mais idosos, e por outro lado, os jovens (com razão) parecem desinteressar-se do ensino, e os que sobrevivem e dão provas de brilhantismo escolhem o nosso país unicamente como destino de férias.
Está na hora de escolher bem quem quer que governe o nosso país, que o saiba gerir bem!
Constantamos que reside tudo numa questão de gestão, sendo que já vimos e demos provas de ser bons, de sermos muitos, então porque não evoluimos no sentido do progresso?
Mª Inês
|| rbn´s blogue, 1:11 PM
